Pode haver momentos em que você esteja cansado de si mesmo, já nada faça sentido – seja em você, nas situações que vive ou nas pessoas à sua volta.
Nesses momentos, não desistiremos de iluminar o que é único em você e não deixaremos que você perca de vista o que há de mais essencial em você: a sua singularidade. Só você pode expressá-la. E se você não a expressar, o mundo inteiro ficará menor. Pois só você tem essa luz, só você tem essa essência.
Nos momentos em que a vida parece não fazer sentido, tocamos a vida sem pensar, sem refletir, sem gostar, sem escolher. Vamos levando.
Às vezes conseguimos até escovar os dentes, nos alimentar, tomar banho, dormir. Tem vezes que nem isso conseguimos. Às vezes conseguimos ir à escola, à faculdade, ao estágio, ir trabalhar, mas somos levados pela inércia. Não estamos realmente ali. Nem temos a mínima ideia de onde estamos. Na medida em que caminhamos, não sabemos em que direção estamos indo. É como se estivéssemos andando em um labirinto sem encontrar a saída. E lá, no centro do labirinto, está o Minotauro, pronto para nos devorar.
Nesses momentos, o encontro terapêutico pode funcionar como um fio, que como o fio de Ariadne no mito grego, te permita caminhar por esse labirinto solitário com a esperança de poder encontrar sua liberdade. A liberdade de escolher em que direção seguir com a sua vida, com suas relações, com seu trabalho e com seu próprio desenvolvimento.
A palavra é o som que vibra no sentido de encontrar um sentido. Ela é nosso principal auxiliar em todo esse processo. Muitas vezes, descuidamos das palavras. Gritamos. Ofendemos. Maltratamos com as palavras. O controle da palavra é necessário. Quando usamos as palavras com o intuito de ferir, não apenas ferimos o outro, mas abrimos uma ferida interna invisível, que só se cura com o uso correto da palavra.
Toda palavra positiva é veículo para a cura. Na medida em que as palavras voltam a ser usadas com o fim de compreender, elas passam a construir pontes ao invés de muros. Pontes com quem amamos, pontes conosco mesmos.
Quando as palavras viram brinquedos, podemos falar de coisas difíceis sem nos ferir. Podemos descobrir novos significados e sentidos escondidos nas palavras e nos encantar pelos universos de possibilidades que se descortinam diante de nós com essa brincadeira.